A Exaltação da Santa Cruz é um culto muito tradicional e antigo, não só da Igreja Católica, mas também as igrejas Ortodoxa da Rússia, Anglicana da Inglaterra e Luterana. Enfim, a Exaltação da Santa Cruz é uma festa do cristianismo! Sua origem mais aceita se deve à Santa Helena, mãe do primeiro imperador romano convertido ao cristianismo. Já muito idosa, a imperatriz e governante do reino, seguiu de Roma até Jerusalém, onde chegou no ano de 328, a fim, justamente, de procurar vestígios e relíquias da vida de Jesus. Encontrando o lugar do Calvário, o monte Gólgota, onde o Cristo havia sido crucificado, ali estavam três cruzes: a de Jesus e a dos dois ladrões que o acompanharam no suplício, como narram os Evangelhos.
Para identificar qual seria a correta, Helena teria colocado cada uma delas diante de uma senhora moribunda, levada até o local. No contato com duas, a mulher teria gritado horrorizada. Ao olhar a última, teria se levantado sorrindo, curada e bem disposta – afinal, a simples visão do objeto que tocou o corpo, o sangue e o suor de Jesus em sus momentos finais na Terra antes da ressurreição, seria mais do que suficiente para operar milagres.
Certa de que aquela madeira seria o lenho da Santa Cruz, a imperatriz Helena teria mandado partir a relíquia em dois pedaços. Levou um para Roma e manteve o outro na cidade da crucificação, no lugar em que seu filho, Constantino, teria reconstruído a Igreja do Santo Sepulcro. A dedicação desta igreja aconteceu no dia 13 de setembro de 335, e a madeira da Cruz foi exposta no dia 14, para que os fiéis a pudessem venerar.
Entretanto, a peça de madeira foi dividida em inúmeros pedaços menores e distribuída para igrejas e mosteiros da África, Ásia e do Oriente Médio. Hoje em dia, mais de mil igrejas espalhadas pelo mundo têm relíquias da Santa Cruz de Jesus, em geral guardadas dentro de seus altares, especialmente.
Aqui na Paróquia São Felipe comemoramos efetivamente esta belíssima festa desde de 1995, quando os padres da Congregação de Santa Cruz fundaram a capela homônima, hoje Comunidade Nossa Senhora das Dores, que mesmo tendo mudado de nome, não deixa de celebrar a Exaltação da Santa Cruz, geralmente no terceiro dia de seu tríduo.