Dia 3 de maio se aproxima e, com esta data, a 46ª festa do nosso padroeiro, São Felipe. Mas você conhece a história de Filipe, o apóstolo?
Independentemente de Felipe, com “E”, ou Filipe, com “I”, nosso padroeiro foi um dos doze apóstolos de Jesus Cristo e, de acordo com o bispo e historiador da Igreja primitiva, Eusébio de Cesareia (265-339), tinha duas filhas. Não se sabe a data nem o ano de seu nascimento, mas ele se tornou um mártir da Igreja ao ser crucificado de cabeça para baixo, assim como São Pedro, no ano de 80, aos 87 anos, na região da Frígia. Portanto, podemos presumir que ele tenha nascido entre os anos 7 e 8 antes de Cristo. Outra data que desconhecemos é a de sua crucificação, pois no dia 3 de maio comemoramos o dia em que suas relíquias mortais, juntamente com as de São Tiago, foram levadas para Roma, onde estão até hoje e que, por este motivo, estes dois apóstolos são celebrados no mesmo dia.
O que sabemos, com certeza, sobre São Filipe, registrado nos Evangelhos, é que ele nasceu em Betsaida, na Galileia, e que foi um grande comunicador de Jesus ao apresenta-lo a Natanael, que mais tarde se tornaria o 12º apóstolo, substituindo Judas Iscariotes. A Natanael, Filipe disse ter encontrado aquele o qual Moisés houvera profetizado, ao que Natanael zomba dizendo se poderia vir alguma coisa boa de Nazaré, onde nasceu Jesus. Além disso, Filipe foi intermediador de alguns gregos que queriam conhecer Jesus e que, com a ajuda/intercessão de nosso padroeiro, conheceram! São Filipe também esteve presente num dos mais marcantes milagres de Jesus, a “Multiplicação dos Pães”.
Antes de se tornar santo, Filipe foi um ser humano de carne e osso como nós e, por isso, ainda levou um “puxão de orelha” de Jesus na última ceia, ao dizer “Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta”, ao que Jesus respondeu: “Poxa Filipe, faz dias que você caminha comigo e não me conhece? Quem me vê, vê o Pai!”
Após a morte e ressurreição de Jesus, Filipe foi enviado para pregar no Egito, Etiópia e depois rumou para a Grécia, onde se fixou em Hierápolis. Estando na Ásia Menor, ocorreu um fato curioso quando ele teria sido obrigado a reverenciar o deus romano Marte. Naquele momento, surgiu por trás do altar pagão uma cobra, que matou o filo do sacerdote-mor e mais dois comandados. Em um gesto, o apóstolo os fez reviver e matou a cobra. Este gesto e diversos outros milagres de Filipe proporcionaram a conversão ao cristianismo de um grande número de pagãos.
Em 2018, padre Hamilton compôs um belíssimo ofício que, poeticamente, conta boa parte da história de São Filipe. Que a exemplo deste padroeiro, sejamos comunicadores do Evangelho!