A morte faz parte da vida; há quem diga que “a única certeza que temos dessa vida é a morte”. Mas com a pandemia que vivemos, chegamos a registrar, só no Brasil, mais de mil mortes em um único dia. Vos convido para a reflexão: quantos paroquianos faleceram nos últimos tempos? Tanto os que testaram positivo para o coronavírus quanto os que tiveram outros diagnósticos. Só porque vemos todos os dias os números altíssimos de mortos, não podemos banalizar a morte das pessoas que aconteceram aqui, do nosso lado.
Todas as pessoas falecidas tinham pais, mães, avós, filhos, netos, amigos, enfim, ao menos um ente querido que hoje chora por essa perda. Quem já perdeu alguém sabe o tamanho da dor. A morte sempre aconteceu, mas agora com tudo que estamos vivenciando, a situação requer muita paciência e entendimento. Temos que ter um olhar mais solidário, empático e de muita força para as famílias que perderam um ente querido.
O que nos conforta também é saber que essa pessoa agora está no encontro com Cristo, sem sofrimentos, e a nós que ficamos resta entender e rezar cada dia mais, pois só o amor de Deus nos ajuda a passar por momentos de aflição. Com o tempo toda a dor se transforma em saudade e tudo o que importa são as boas lembranças de momentos que passamos juntos.
Os paroquianos que faleceram farão falta. Fica aqui toda a gratidão pelo trabalho que sempre prestaram para o crescimento das comunidades de que participaram e da igreja como um todo.Muitos tivemos uma participação fundamental para a paróquia. Pedimos a Deus que eles sejam acolhidos no braço do Pai e que Nossa Senhora interceda pelos familiares que ficaram. Se não for pedir muito, pedimos também que continuem olhando e intercedendo por nós lá de cima.
Tento escrever esse texto com todo o respeito que esse assunto demanda, considerando todas as emoções que ele pode provocar em uma família enlutada. Mas ainda há a necessidade de falar sobre ele para conscientizar pessoas que ainda não entenderam que a vida é passageira e que cuidar da vida das pessoas que amamos é, mais do que nunca, essencial. Para muitos, as pessoas que estão morrendo farão parte do número que só cresce, mas sabemos que muito mais do que números elas eram únicas, amadas e importam muito!