Minha história vocacional começa na Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe – região São Bernardo Anchieta, minha paróquia de origem, que me enviou ao seminário. Tudo começou com a crisma em 2013, que foi quando comecei a frequentar com mais fervor as celebrações, e recebi um convite para me tornar cerimoniário. Aceitei ainda sem entender muito o que seria, mas isso foi despertando dentro de mim uma inquietação. Em 2014 comecei a me perguntar o que poderia fazer a mais para ajudar minha paróquia. Já era cerimoniário, e estava também ajudando em outras pastorais. E ali foi crescendo uma vontade de fazer sempre um algo a mais, e ainda não tinha as respostas necessárias, mas sentia essa inquietação. No final daquele ano, fui a um dos encontros na Mitra Diocesana, e lá comecei a acompanhar alguns encontros vocacionais, buscando as respostas de que precisava.
E fui encontrando respostas para esta inquietação, que foi se tornando um chamado a viver uma vida sacerdotal, uma vida doada com meu sim. Fiz então um período de dois anos de acompanhamento para ver se realmente era para isso que Deus estava me chamando. Nesse período eu já tinha terminado o ensino médio, estava somente trabalhando, e assim fui amadurecendo minha vocação. Depois desses dois anos ingressei ao seminário dando uma respostas definitiva a essa inquietação: um “sim”, que é difícil, e que se tem vários desafios ao longo do caminho, mas fui com meus medos, receios, com essa inquietação que ainda está dentro de mim. Com a primeira fase do seminário fui aprimorando esse sim, dando a cada dia um sentido do que seria essa vocação e correspondente a esse chamado.
Já no segundo período da formação, comecei os estudos filosóficos tendo como base a formação para se preparar ao presbitério. No primeiro ano, desenvolvi meu trabalho pastoral na Paróquia Cristo Operário, região leste de Santo André, onde tive meu primeiro contato com a realidade das paróquias, com a necessidade de desenvolver projetos, formações, de criar uma bagagem vocacional que alimentasse meu sim a cada dia. Já no segundo ano, tive como trabalho pastoral a Paróquia Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora da Prosperidade, em São Caetano do Sul, onde tive a oportunidade de crescer na fé e na vocação. No terceiro ano, em 2020, iniciei meu estágio pastoral na Paróquia Imaculada Conceição, matriz de Diadema, onde permaneci nesse período inicial da pandemia.
Em 2021, iniciei a teologia, e fui enviado à Paróquia São Felipe Apóstolo em Mauá, como meu estágio pastoral. Tendo o sentido de buscar sempre mais me encontrar com Deus, buscando sempre responder meu chamado com sabedoria e discernimento a cada dia, dando passos de confirmação. Ainda faltam quatro anos para uma resposta definitiva, mas que eu saiba responder com generosidade, e por onde passar aprender um pouco mais e confirmar essa inquietação neste caminho que estou trilhando. Que São Felipe e Nossa Senhora de Guadalupe me ajude com meu sim diário, e que outras pessoas também possam partilhar dessa experiência de fé e de vocação.