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Santo Oscar Romero

Oração a Santo Oscar Romero

Pai Celestial, como Santo Oscar Romero, inspira-nos a sermos suficientemente corajosos para falar em nome daqueles que enfrentam a injustiça, custe o que custar. Inspirai-nos a estar ao serviço da Igreja, especialmente na ajuda aos pobres e necessitados. Que a coragem de Santo Oscar Romero nos inspire a trabalhar com integridade para a acabar com a violência e a pobreza. Amém! 

Início da vida

Óscar Arnulfo Romero y Gáldamez, nasceu em 15 de agosto de 1917, em Ciudad Barrios, El Salvador. Sua família era numerosa e pobre. Quando criança, sua saúde inspirava cuidados. Com apenas 13 anos, entrou no seminário. Aos 20 anos, foi para Roma completar o curso de teologia e se ordenou sacerdote, em 1943.

Padre

Retornando a El Salvador na função de pároco, Romero era um sacerdote generoso e atuante: visitava os doentes, lecionava religião nas escolas, foi capelão do presídio; os pobres carentes faziam filas na porta de sua casa paroquial, pedindo e recebendo ajuda. Durante 26 anos, Pe. Óscar Romero conheceu a miséria profunda que assolava seu pequeno país.

Bispo

Em 21 de junho de 1970 foi nomeado bispo auxiliar de San Salvador, e em 15 de outubro de 1974, bispo de Santiago de María no Departamento de Usulután.

Arcebispo

Na década de 1970, a maioria dos países sul-americanos vivia duras experiências de ditaduras militares. Também para El Salvador era um período de grandes conflitos, no qual o país esteve envolto em forte repressão por parte da ditadura que governava o país desde os anos 1930, chegando inclusive a declarar guerra contra Honduras, país vizinho, em 1969.

Em 1977, Dom Romero foi nomeado arcebispo de San Salvador, chegando à capital com fama de conservador. No fundo era um homem do povo, simples, de profunda sensibilidade para com os sofrimentos da maioria, de firme perspicácia aliada à coragem de decisão.

Morte

Em 1979, o então presidente do país foi deposto por um novo golpe militar. A nova ditadura se instalou no país e, pouco a pouco, se acirrou a violência, reinando o caos político, econômico e institucional no país. De janeiro a março de 1980, foram assassinados 1015 salvadorenhos. Os responsável pertenciam às forças de segurança e às organizações do regime militar instalado no país.

Nessa ocasião, dois sacerdotes foram assassinados violentamente por defenderem os camponeses que foram pedir abrigo em suas paróquias. Dom Romero teve que se posicionar e, de pronto, se colocou no meio do conflito. Não para aumentá-lo, mas para ajudar a resolvê-lo. Esta atitude revelou o quanto sua espiritualidade foi realista e o seu coração, sereno e obediente ao Evangelho.

Óscar Romero havia passado a denunciar as injustiças e crimes que aconteciam em seu país, usando para isso a rádio católica Ysax. Na véspera de sua morte, em 23 de março de 1980, fez um pronunciamento contundente a respeito da repressão em seu país: “Em nome de Deus e desse povo sofredor, cujos lamentos sobem ao céu todos os dias, peço-lhes, suplico-lhes, ordeno-lhes: cessem a repressão.”

No dia 24 de março de 1980, Dom Romero foi fuzilado, em meio aos doentes de câncer e enfermeiros, enquanto celebrava a missa na capela do Hospital da Divina Providência, na capital de El Salvador.

Funeral e legado

Seis dias depois do assassinato de Óscar Romero, em 30 de março de 1980, se deu o funeral do arcebispo. Acontecia então uma missa ecumênica e de corpo presente. Havia tanta gente que a única solução encontrada para que todos pudessem participar foi realizá-la ao ar livre, com um altar improvisado na porta da Catedral de San Salvador.

O pastor evangélico Angel Vicente Peiró, que conhecia Dom Romero em vida, foi convidado a ler o Evangelho naquela ocasião. No exato momento em que ele lia, franco-atiradores do exército, localizados nos edifícios vizinhos à praça, abriram fogo contra o público. As pessoas começaram a correr desesperadamente em busca de refúgio.

O pânico era tanto que as pessoas derrubaram as barreiras de proteção e começaram a correr contra as portas da catedral, que tiveram que ser abertas. As pessoas que serviam no altar quase morreram esmagadas.

Uma multidão permaneceu presa dentro da catedral durante 2 ou 3 horas, sob um calor insuportável, enquanto os atiradores continuavam a disparar do lado de fora. Por fim, houve uma espécie de calma, e as pessoas foram obrigadas a deixar a catedral uma a uma, em fila, com as mãos na cabeça, como suspeitos.

Mais tarde, se soube que morreram 35 pessoas naquele dia, e muitas outras ficaram feridas.

A ação pastoral de Santo Óscar Romero visava o entendimento mútuo entre os salvadorenhos. Criticava duramente tanto a inércia do governo, as interferências estrangeiras, como as injustiças praticadas pelos grupos “revolucionários”. O Arcebispo Dom Óscar Arnulfo Romero y Galdámez foi fiel à Igreja, e pagou com a vida o preço de ser discípulo de Cristo. O seu nome e o dos outros 35 mortos em seu funeral foram incluídos na relação dos 1015 salvadorenhos que foram assassinados em 1980.

Beatificação e canonização

Em 1997, Romero foi declarado Servo de Deus por São João Paulo II. Em fevereiro de 2015, o Papa Francisco aprovou o decreto de beatificação do arcebispo salvadorenho, reconhecendo-o como mártir. A solenidade de beatificação foi realizada em 23 de maio de 2015 na capital salvadorenha. Estima-se que cerca de 300 mil pessoas estiveram presentes na cerimônia.

Óscar Romero foi canonizado pelo Papa Francisco no dia 14 de outubro de 2018, tendo se tornado o primeiro salvadorenho a ser elevado aos altares, o primeiro arcebispo martirizado da América, o primeiro a ser declarado mártir depois do Concílio Vaticano II, e o primeiro santo nativo da América Central (embora São Pedro de Betancur tenha sido canonizado por seu trabalho na região de Santiago de los Caballeros, na Guatemala, sendo também, portanto, um santo centro-americano, era nascido em Tenerife, na Espanha).

Fontes

A história de Santo Óscar Romero que está nesse site foi escrita tendo com base duas fontes principais: o site Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil – OFM e uma matéria da Infobae, escrita originalmente em espanhol pelo próprio pastor Angel Vicente Peiró, meses antes de sua morte, em julho de 2015, por ocasião da beatificação de Óscar Romero.

História da Comunidade

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